
Esta é uma história de amizade e ternura. É a história de Ambaye, um garoto pobre que vivia com seus pais e sete irmãos numa casa...bem, um improviso de casa. Paciente e sereno, ele aprendeu com os seus ancestrais o poder da palavra e a arte de reconhecer e contemplar as belezas da natureza. Ambaye gostava de tudo, mas se encantava mesmo era com as pedras. Fazia delas seus brinquedos e encontrava nelas "uma mansidão que acalmava o seu coração".
Em suas andanças pela mata à
procura de pedras Ambaye conhece Noemia, uma linda moça que veio do
Norte, onde a sua aldeia foi despovoada. Noemia era saudade e tristeza.
Ambaye tenta de todas as formas trazer uma alegria para esta alma tão
cansada. Faz vários presentes, pintando e enchendo as suas pedras de
cores e alegria. Mas o esforço é inútil , pois nada alegra Noemia. E
agora, o que fazer? E é na palavra dita, na fantasia,
na criação de mundos e sonhos que Ambaye consegue encontrá-la e trazer
para ela um sopro de alegria.
Prisca Agustoni encanta-nos neste
livro, que é uma história cheia de ternura e poesia. É o que eu costumo
chamar de "história de criança para adulto ler". A autora tem uma forma
ímpar de contar histórias, o que se pode chamar de prosa poética. As
ilustrações de André Neves são lindas e fazem par com a ternura que o
livro traz. É um encontro perfeito! Além disso, o livro ainda contempla
as questões sobre a cultura africana e afro-brasileira. Fiquei encantada
com ele e recomendo para os pequenos e os grandinhos também!
Nenhum comentário:
Postar um comentário